O Contexto

Dois nomes diferentes, duas empresas complementares, apenas um grupo. Esse era o nosso contexto, onde marca é fundamental para uma estratégia sólida e coesa, e percebemos alguns problemas relacionados à isso.

Proseftur era a marca da nossa BU (*business unity*) de assessoria em comércio exterior. Um nome com mais de 23 anos de história, e que trazia consigo diversos aspectos importantes para entendermos se a marca era - ainda - adequada aos nossos propósitos atuais e futuros: um anagrama, com uma letra em som “mudo”, com uma fonética que transmitia a possibilidade de ser uma empresa de turismo e em uma grafia um tanto complexa. Apesar de ter sido a primeira empresa do nosso grupo, com um legado basilar para nós, a marca em si demonstrava-se datada, e pouco a pouco chegávamos a conclusão de que ela não era mais adequada aos nossos propósitos estratégicos.

De maneira oposta, a marca Zebra (a nossa BU de transações cambiais) era um tanto jovial, disruptiva e sem consonância com a marca basilar do grupo. Apesar de muito mais flexível do que a marca Proseftur e gráfica e esteticamente adequada aos tempos atuais, a marca em si transmitia dúvidas: “é Zebra de ‘deu zebra’? “Vish, se deu Zebra deu ruim, né?!”. Esse era o tipo de frase que novos clientes por vezes falavam ao expressar seu primeiro entendimento da marca.

Ambas as marcas tinham seus pontos fortes, mas chegamos à conclusão de que o momento exigia não somente um nome novo, mas uma arquitetura de *branding* completamente nova e melhor orquestrada. A razão era estética também, mas principalmente comunicacional, contextual e até mesmo operacional! Duas marcas completamente diferentes frequentemente confundiam os clientes do grupo, acabava por transmitir desconfiança e dificultava o atendimento com mais produtos de BUs diferentes. Afinal, Proseftur e Zebra em nada se pareciam como ativos de um mesmo grupo, e o esforço para criar essa consciência seria enorme, com grandes chances de insucesso. No final do dia, tínhamos muito mais trabalho, mais investimento e sem uma perspectiva realmente positiva de entregar o valor que queríamos para os nossos clientes e parceiros.

Precisávamos de um nome fácil de ser pronunciado, curto e flexível, que ao mesmo tempo não fosse datado nem demasiadamente moderno. Além disso, seria importante refletir nossos valores, propósito e/ou momento.

O nome “Saygo” consegue reunir os principais aspectos desse desafio. Ele é fácil de ser pronunciado tanto com uma fonética portuguesa brasileira (”saigo”), quanto em inglês (”say go”), e a sua tradução é literalmente “diga vá”. O motivo é simples: estamos diante de um novo momento para o nosso grupo. Entendemos que precisamos seguir em frente, deixando as velhas práticas e costumes para trás. Afinal, como diz o nosso CEO:

“O que nos trouxe até aqui não nos levará adiante.”
- Thiago Oliveira, CEO Saygo Group.

Isso não quer dizer que o que vivemos até aqui pouco importa, ou que a nossa história é irrelevante para o agora e o nosso futuro. Pelo contrário! Honramos o nosso legado, reconhecendo que ele foi fundamental para nos trazer até aqui, e que esse mesmo legado agora nos impulsiona a ir em frente.